quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Sinalização vertical

As equipes da sinalização vertical são formadas por 3 empregados. Um técnico e 2 agentes de manutenção.
De dia tem uma equipe e à noite outras três. Na ocasião, uma estava de férias. As equipes da noite se dividem com a pick up com projetos de SPU (poste) e PP. E outra equipe sai com o caminhão com elevador para os projetos de braço projetado.


O início do turno é da mesma forma que a horizontal. São em média 4 a 5 projetos por noite. Os materiais, as placas, postes, braçadeiras, parafusos, tudo que for necessário é separado e carregado. Os endereços verificados e determinado uma rota para noite.


Acompanhamento da equipe do caminhão. 
Primeiro uma placa solta. Caminhão é posicionado, canalizado. Os agentes sobem no elevador e fazem a manutenção da sinalização.

Há 3 caminhões desses na CET, 2 estão baixados na GAF há bastante tempo, sem previsão de retorno. O único que está trabalhando não é o o que tem o elevador adequado para sinalização vertical, é emprestado da sinalização semafórica.


A implantação de um braço projetado requer uma sincronia de um trabalho em parceria. O braço é muito pesado, enquanto um equilibra e o sustenta, o outro tem que ser rápido na colocação das braçadeiras. Os parafusos precisam ser testados antes para agilizar o serviço.
E para colocar as braçadeiras o agente fica pendurado na ponta do elevador, apoiado no poste, para conseguir dar a volta com os braços e prender os parafusos.


Enquanto os agentes estão sobre o elevador, o técnico monitora, prepara as peças que eles vão usar, realiza a canalização, está atento ao trânsito e ao entorno, movimenta o elevador por controle, ou pela necessidade de reposicionar o caminhão e vai retirando a sinalização que está mais baixa.


Depois do braço projetado instalado, é a vez de juntar as placas, e neste caso uma de cada lado, conseguir parafusar por dentro.


Neste outro projeto um PP (poste próprio) é retirado com a placa de lombada, para ser colocada uma coluna projetada de maior espessura no mesmo local.
O local está entre 2 toldos, e a primeira troca devido a esta obstrução, não dá certo. O buraco é levemente deslocado para frente para que não danifique os toldos dos comércios, até a coluna estar num local adequado de acomodação. 



O buraco é fechado e cimentado enquanto sobre o elevador o braço é encaixado na coluna e as placas instaladas sob chuva forte, em plena madrugada.



No mesmo projeto, do outro lado da via, placas e braço projetado são retirados.
Novamente eles estão pendurados sobre o elevador, pois este não desloca para a lateral, que é o que está baixado na oficina.
Um trabalho lento e pesado, sob qualquer intempérie, em qualquer região da cidade.


E por último um remanejamento de braço e placa, por erro de projeto. A placa está depois de uma curva, não sendo bem visualizada. Está sendo trazida para antes da curva. 

E assim ressaltamos novamente a importância dos projetistas em conhecer uma noite o trabalho destas grandes equipes que são verdadeiros patrimônios da empresa.
Ter o cuidado na elaboração com todos os detalhes, e saber como é realizado depois e por quais pessoas muda toda a concepção.




terça-feira, 2 de setembro de 2014

Sinalização horizontal

São quatro equipes que formam a implantação da sinalização horizontal. Uma equipe trabalha de dia, atualmente no programa CET no seu bairro, e as demais à noite. Porém, no momento da reportagem contavam-se duas equipes noturnas, pois um grupo estavam baixados ou de férias.
As equipes são formadas por um técnico responsável e 3 agentes de manutenção.


O turno de trabalho é de 8 horas, de segunda à sexta, e escala de hora extra aos finais de semana. 
A jornada  inicia com a retirada dos projetos no escritório, e dos materiais necessários para aquele serviço. Nem todas as ferramentas são adequadas, a maioria adaptada pelos empregados. Os botijões de gás nem sempre estão abastecidos, e durante a noite sem a possibilidade pelo horário, limita a ação das equipes.
Todos os gabaritos de legendas foram feitos pela equipe da Thomas Edison (DEG). E as guias de madeira, como as de pintura de faixa de pedestre, zebrado e lombada, foram desenvolvidas e fabricadas por esta equipe com recursos e condições limitadas.


Este é o caminhão da sinalização horizontal. (na imagem acima) Ele é comprado pela empresa e adaptado por projeto externo e por uma empresa contratada. Os usuários do caminhão só são chamados para verificação  quando ele está pronto, muitas vezes precisa ser readaptado pelos empregados da CET, pois o o projetista não contempla em toda sua funcionalidade, pelo desconhecimento da prática da utilização.
Na frente e na lateral, do lado do motorista, ficam guias acopladas, com sistema mecânico pintam longas distâncias, como a dupla amarela, sendo responsabilidade e prática do motorista a condução do caminhão para que as linhas estejam corretas.
Atrás da cabine há o motor que liga o compressor no caminhão. Sobre o motor há o compartimento de tintas inflamáveis.
Na implantação da sinalização da Copa do mundo, um dos caminhões se incendiou, a partir do motor, por sorte havia no local um caminhão pipa próximo que auxiliou prontamente e sem maiores consequências.
Há dois tambores de tintas maiores, de resina acrílica, para cores branca e amarela, no centro. E dois menores na parte traseira com cores preta e vermelha.
Sobre os tambores maiores há um misturador, que só apenas em um caminhão está funcionando. A CET não tem serviço de manutenção para estes equipamentos. E do único caminhão que funciona este equipamento, os pneus da frente estão em estado deploráveis, já baixando 2 vezes na GAF, e após uma semana retornando com o mesmo pneu, pois não há a compra do material para troca.
O motor liga o compressor que joga a pressão dentro do tambor de tinta e que por uma mangueira sai pela pistola. A mangueira precisa ser de boa qualidade, o que nem sempre acontece. Como a resina é à base de petróleo, num material inadequado, racha e estoura sobre os empregados, pedestres e carros. E então ela vai sendo encurtada, e o caminhão vai manobrando para a mangueira alcançar a pintura.


As equipes da CET só fazem tinta a frio, que dura até 6 meses.
O tipo extrudado e hot spray só são feitas pelas equipes terceirizadas. O material é o mesmo, mas o tipo de aplicação é diferente, e tem duração maior, média de 2 anos.



Quando chegam no local, nossos técnicos que são extremamente experientes com cerca de 30 anos nesta atividade, já estudaram o projeto a ser implantado e com facilidade e rapidez vão fazendo as marcações no solo para os agentes de manutenção pintar.

As marcações são feitas com giz e barbantes.
Estas guias de madeira que eles produziram são preparadas antes e depois o uso, com graxa, para a tinta não ficar grudada e as rebarbas prejudicarem a próxima pintura. Todos os pequenos detalhes são pensados por eles e solucionados criativamente por recursos próprios.


As pinturas do zebrado vão se formando rapidamente. Enquanto um segura o gabarito, o outro pinta com a pistola, e mais um vai manobrando o caminhão para a distância da mangueira, tomando o cuidado para que não passe por cima da pintura. E ainda com a tinta molhada, o técnico que acompanha tudo vai lançando com a mão um pó de vidro, que parece uma areia, é o que dá o refletivo para a sinalização.



Ao mesmo tempo vai acontecendo ao lado o pior serviço a ser realizado, a retirada da pintura.
Outra equipe está utilizando botijão de gás para esquentar o pavimento, enquanto um empregado vai raspando o solo.
Este equipamento não é adequado. Já é adaptado da sinalização vertical, é uma escavadeira que é partida para este fim. Conforme vai sendo utilizado, o cabo de madeira vai se incendiando e encurtando.
Um botijão inteiro e um instrumento deste atende uma pequena área apenas. Mas é um trabalho que requer muito esforço físico, além da condição perigosa. E é sobretudo um trabalho lento. Além do que danifica o pavimento.

Existe uma lixadeira que faz grande quantidade de remoção de forma mais rápida e sem danos ao pavimento, porém é mais um equipamento simples que a CET não possui.


E enquanto a retirada continua, a pintura que vai muito mais rápido, já fez todo o zebrado e seguiu no projeto para uma faixa de pedestres e uma lombada.

A faixa de pedestre é marcada com o barbante e sua pintura começa do centro para a guia, para a mangueira não arrastar sobre a tinta. Enquanto meia pista é liberada para o trânsito.


A lombada segue da mesma forma, meia pista por vez para não bloquear o trânsito.
O gabarito da lombada tem uma guia criada pelos empregados, que dá a distância e a perpendicular da próxima faixa a ser pintada.


A pintura finaliza até onde o material chegou. Faltou botijão de gás para a retirada da dupla amarela que seria deslocada. Por isso na noite seguinte o mesmo projeto continuou.
E na noite seguinte choveu. E mesmo sob chuva a implantação tem que sair. E então nessas condições o botijão é utilizado também para secar o solo para a pintura em seguida ser realizada.



A única pintura que foi retirada esta noite que demandou um botijão inteiro de gás e praticamente o mesmo tempo da pintura do zebrado, faixa de pedestre e lombada, foi apenas uma legenda PARE. E o pavimento raspado encheu um tambor inteiro, que é bem pesado. Este é levado para a base e vai enchendo uma caçamba de entulho.


A equipe horizontal também é responsável pela canalização. Implantação, retirada e manutenção de prismas e tachões.

Um prisma de concreto pesa 50kg e é concretado. Sua retirada é na marreta.
Para o tachão, o solo é furado um a um com britadeira, sob o tachão há um pino que é colado neste buraco. Também retirado na marreta.

Não há disponível no almoxarifado materiais simples que eles necessitam, como trenas, pregos, madeiras, fita isolante. Eles acabam comprando com recursos próprios. 

O pátio deles falta iluminação, já que precisam eles mesmos sempre adequarem os equipamentos de trabalho.



Eles recebem insalubridade. Mas os perigos desta atividade vão além do que um índice pode contar. Eles trabalham de noite por toda e qualquer parte da cidade.
Nesta noite da reportagem, assim que chegamos no local, ainda cedo, numa avenida movimentada, do lado de um CEU da prefeitura, dois rapazes passaram por nós numa moto com uma metralhadora. Passaram devagar nos olhando, e retornaram em seguida mais duas vezes. 
Eu perguntei se íamos continuar ali da mesma forma, e descobri que estão infelizmente acostumados com esta rotina. Eles começam a pintar logo na esperança de que vendo a atividade não mexam com eles. Às vezes são intimados a se retirar. Há diversas histórias de ameaças, de pararem em meio a bailes funk para implantar projetos nos finais de semana, de pessoas portando arma de fogo, de atirarem pedras neles e no caminhão, de ruas praticamente em favela que o menor veículo não tem como retornar se não for de ré. Histórias de todos das equipes de horizontal e da vertical.

Fica uma dica, que todo gestor de trânsito que elabora os projetos, deveriam passar pelo menos uma noite acompanhando o trabalho da implantação da sinalização em campo. Facilitaria muito para ambos, conhecer o trabalho deles também para a elaboração dos projetos, de como são marcados e realizados.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

DHV

O Departamento de Engenharia de Sinalização Horizontal, Vertical e Canalização (DHV) engloba o serviço de implantação da sinalização, pelas nossas equipes e pela fiscalização das equipes terceirizadas.

A equipe administrativa é formada por gestores e técnicos, que separam os projetos a serem implantados e distribuem entre as equipes. À noite há mais 2 técnicos que supervisionam, verificam e fazem a medição de todos os projetos implantados em campo.


As equipes de campo são separadas por horizontal e vertical.
Devido o programa CET no seu bairro, uma equipe está trabalhando durante o dia, com escala de rodízio, e as demais à noite.